sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Ano novo. Retrospectiva nova.

Postado por Hellen às 03:55 1 comentários
Levando em consideração que meu último post neste blog foi para fazer a retrospectiva de 2013 e metas de 2014, eu acho que ele quase que virou meu bloquinho de o que repensar na minha vida e o que fazer daqui pra frente (que morte horrível blog). Eu podia até copiar e colar o que foi dito no início do último post, mas eu não vou fazer porque até a ociosidade tem limites. Então vamos começar:

- Pela primeira vez saí do país e DUAS VEZES *dancinha "let it go, let it go"*. Quem me conhece sabe que eu tenho um fogo pra viajar constante, e até 2013 só conhecia 3 estados brasileiros, sendo que morei em dois deles, então meeeh. Mas 2014 eu consegui conhecer dois países latinos, um a nossa vizinha Argentina. Onde fiquei em Buenos Aires, durante o recesso de carnaval com a Dai e a Kari, e foram 7 dias muito felizes, gordos e agradáveis (a Kari me pediu pra fazer posts de guia dos nossos dias lá, já que desde que fomos muita gente ainda vai e pede dicas, então tô me organizando aqui pra tentar ajudar vocês com o post de Baires por 7 dias). E o outro foi a terrinha das nossas novelas infantis, México. O principal objetivo dessa viagem era apresentação de trabalho meu em um congresso, então fui com minhas colegas de laboratório, mas deu pra fazer muito passeio também então depois que eu organizar Baires vou tentar fazer algo da Cidade do México por aqui (no fim das contas esse blog nunca teve um tema específico mesmo XD).

- Pela primeira vez assisti jogos da copa no estádio (muitas “primeiras vezes” neste ano, isto é especialmente bom), e essa foi das experiências mais legais de 2014. Minha copa favorita by far e eu já amava copa, agora quero viajar para todas.

-Defendi minha qualificação. A qualificação é um meio caminho do mestrado, foi um parto, foi sofrido demais, parecia que não ia acabar nunca mas no fim eu sobrevivi e fui qualificada. Agora é focar no que falta e defender.

-Voltei a assistir séries, yay yay. Comparado a 2013 que meu número foi zero, esse ano eu tô até de parabéns. Finalmente terminei Smash (e surpreendentemente teve o melhor finale das séries que eu já assisti). Assisti toda a antiga Veronica Mars, peguei Hannibal e Mindy Project andando e já cheguei a acompanhar, e comecei a novata Jane the virgin. Pros meus parâmetros eu tô merecendo uma estrelinha dourada aqui.

- Em compensação, nos livros a vergonha gritou. Contando aqui, sem ser livros de técnicos ou de investimentos, eu só li dois romances esse ano. DOIS (e nem eram meus, valeus Lorena). Nem na quarta série eu só lia dois livros no ano. Tô entrando pras estatísticas desse povo de jornal que aparece pra dizer com orgulho que leu 3 livros no ano :(.

- Assisti mais filmes e fui muito mais ao cinema que em 2013, mas ainda não atingi a minha normalidade no quesito filmes, ainda dá pra melhorar aqui em 2015.

- Fotografei pouquíssimo, a maioria das fotos que tirei no ano foram nas viagens mas nem essas  eu coloquei na minha galeria do flickr.

Metas para 2015:



- Bem quanto ao Francês que eu disse que eu ia começar ano passado, não rolou, vamos ver se engata esse ano.

- Defender o mestrado. MAIOR OBJETIVO DO ANO. Por favor Deus.

-Ler 30 livros. Eu sei q eu consigo, só preciso me mexer. Tenho que sair da média nacional.

- Tava planejando em ver mais filmes esse ano. Aí me veio primeiro o projeto absurdo de 365 filmes no ano, mas quem estamos querendo enganar né amiguinho? Então fiz de conta que o ano era bissexto e dividi por 2 e temos 133 filmes no ano. Ainda é ambicioso demais pra mim, mas vamos tentar.

- Vou deixar este mesmo número para fotos novas, tiradas este ano, postadas no flickr ok.

- Viajar, viajar, viajar. Não sei pra onde, mas ficar muito tempo parado não é bom.

- Acho que eu colocar "postar mais aqui" como meta seja muita cara de pau, levando em consideração meu 2014. Mas como eu já tenho planos dos posts das viagens talvez isso não seja tão irreal.

- O resto é aquele mais do mesmo tentar diminuir overthink, tentar organizar as bagunças da minha vida e vê qual próximo passo tomar porque eu mesma ando meio perdida, diminuir a procrastinação, até me estressar menos com coisas babacas, iniciar algum esporte (até estou malhando de maneira razoável, mas estava querendo iniciar mais um esporte mesmo também), talvez ciclismo, ser menos noiada e tão má comigo mesma.


É, acho que não esqueci de nada. No mais feliz 2015.




terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Tchau 2013

Postado por Hellen às 04:39 6 comentários
Tendo em vista que meu último post aqui foi sobre "Ginger & Rosa" que é um filme de 2012 eu tenho a certeza que ninguém mais frequenta isso aqui com a esperança de post novo. É eu larguei o barco, mais uma vez. E mais uma vez senti vontades de voltar e não voltei. Mas como ontem o blog aniversariou 4 anos de que foi colocado no mundo eu resolvi vir dar as congratulações a ele por não ter sido desativado e analisar o que foi feito de 2013, acho que isso sempre tira um peso e quando a gente finaliza até que o ano não foi tão inútil não é mesmo?


- Comecei a trabalhar, acho que o maior marco do meu ano foi esse. E olha até que não é ruim como diziam, não é por nada não, mas me estressa BEEEEM menos que estudar.
- Voltei a estudar, hahaha aí vem o estresse. Resolvi que ou eu começava esse mestrado agora ou não fazia mais e aqui estou levando mais trancos do que na graduação porque assim é a vida.
- Terminei meu curso de espanhol, agora vocês podem me chamar de "hispanohablante". E essa foi uma das conquistas mais legais do ano, aprender idiomas é uma das coisas da vida que faço por prazer (VEM NI MIM FRANCÊS).
-Conheci gente nova. Tanto o trabalho novo e os estudos novos trouxeram algumas pessoas incríveis pra minha vida (outras não tão incríveis assim), uma boa parte dela é o que alegra os meus dias.
-Fui pra Jornada Mundial da Juventude. Desde que fiquei sabendo das Jornadas quando vi a da Alemanha em 2005, eu fiquei morrendo de vontade de participar de alguma um dia. E eis que esse ano ocorreu de ser no Brasil, mesmo com um milhão de coisas a gente dá o nosso jeito e vai. Me surpreendeu muito, na quantidade de pessoas, na amigabilidade independente do seu idioma, no clima da cidade e na alegria constante mesmo debaixo de chuva e frio (sim 14ºC é frio e não me digam o contrário). E posso dizer que JMJ ♥.
- Enviei meu primeiro trabalho a um congresso. Eu não pude ir ao congresso, mas meu trabalho foi ser bem defendido lá e isso já me traz alegria.
- Comprei uma lente nova pra câmera :DD.
Pontos negativos:
- Não fui à praia, e vamos e convenhamos que isso é ridículo pra uma moradora de Salvador.
- Li pouquíssimos livros, não consigo contar mais de 5. Por falta de tempo, mas acho que mais é por falta de vontade porque quando a gente quer mesmo tempo sempre aparece.
- Pouquíssimos filmes, esse acredito que mais por falta de tempo mesmo.
- Minhas séries estão TODAS abandonadas, R.I.P séries.

Então colocando na balança até que foi um ano bom né. Vamos então nas metas e ver se eu cumpro alguma coisa:

- Começar o Francês, mas só no segundo semestre do ano que é quando eu espero já ter me livrado de uma grande carga do meu mestrado.
-Completar o meu mestrado, só Deus sabe o quanto eu quero logo me formar.
- Ter mais momentos de lazer real e menos de procrastinação inútil, é incrível como eu ainda tenho  a capacidade de perder tempo da minha vida fazendo nada mesmo no fim das contas e que no fim só me frustram.
- Ter mais disposição, nunca passei um ano tão indisposta, eu acordava já pensando na hora de dormir. Tinha vontade pra nada, podia então até incluir aqui "fazer alguma atividade física" mas sei que não vou fazer então pra quê me iludir?
-Ler pelo menos 30 livros, isso é o mínimo de uma meta  e principalmente voltar a ter prazer na leitura.
- Estudar mais fotografia e tirar mais fotos, se alguém estiver lendo isso e quiser começar um projeto em parceria é só falar porque eu funciono muito melhor quando tenho companhia.
- Aprender a me organizar, mas isso é meta de vida. Tudo meu é bagunçado, seja meu guarda roupa, seja meu horário. Como me deram uma agenda de presente vou riscá-la ao máximo e ver se isso funciona.
- Parar de pensar demais, overthink é o pior problema da minha vida eu penso e repenso tanto em uma coisa que isso acaba virando um monstro que nem existe e esse sempre foi o meu maior problema.
- Postar mais, ah gente que assim seja. Acho que se os administradores do blogger ainda o mantêm mesmo com esse hiatus eterno é porque é pra você existir BTC.

Bem acho que é isso.
Feliz 2014.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Ginger & Rosa

Postado por Hellen às 16:38 2 comentários

"We had a dream that we would always be best friends."
Ginger & Rosa tá na lista de filmes que eu vou assistir nem sei mesmo por que, só sei que deu  vontade. A história das meninas inicia em 1945 quando as duas nascem na época em que estão ocorrendo as explosão das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki. Elas crescem juntas, sendo amigas inseparáveis e o enredo começa mesmo em 1962 quando o mundo está próximo a iniciar a Guerra Fria. As meninas estavam então com 17 anos, se hoje essa idade já consegue ser um terror tamanha as milhões de incertezas da vida, imagina em 1962 em que o mundo podia entrar numa guerra nuclear na qual Ginger via o fim da espécia humana . Sendo filha de um pacifista, Ginger resolve também tomar parte da causa e se une com Rosa em reuniões de ativista contra a bomba temendo o fim de tudo. Só que Rosa não tem os mesmo interesses que Ginger, ela está em uma fase em que a sexualidade é seu maior interesse e saber se vão estar vivas amanhã por causa de uma guerra não é lá seu foco principal. Rosa tenta o tempo todo parecer mais velha, no seu jeito de agir, maquiar e se relacionar com homens só que ela só quer mesmo é viver sua vida agora e não carregar nenhuma responsabilidade, muito menos a  de ter que "salvar o mundo" de um possível guerra.
Ginger: "Who do you think you are? Don't you care about the future anymore?"
Rosa: "Who do you think you are? While everyone can serve the whole world some of us have to concentrate on just one person."
Rosa no fundo parece mais está querendo salvar a si mesma, se prendendo em um individualismo tão grande e agindo de acordo com a sua vontade sem se importar quem está sendo ferido, mesmo que essa pessoa seja a sua melhor amiga, a sentimental Ginger.
O filme ganha muito nas atuações, em especial a tão novinha Elle Fanning, mesmo trabalhando no cinema desde pequena a atuação dela é surpreendente para uma garota de 14 anos. A fotografia do filme é linda e a trilha sonora dos anos 60 tá S2.


"I've loved you, Rosa, but we are very different. You dream of everlasting love, not me. Despite the horror and the sorrow, I love our world. I want us all to live. What really matters is to live and if we live, there will be nothing to forgive."

Nota :
   

domingo, 21 de abril de 2013

A vontade de continuar X A preguiça.

Postado por Hellen às 10:23 1 comentários

O meu último post no blog foi em 07/09/2012. O que, para um blog que no MÍNIMO deveria ter um post semanal para ser considerado ativo, é um absurdo. O negócio é: eu não quero mesmo acabar com o blog porque por alguma razão inexplicável eu tenho uma simpatia enorme por ele e pelo nome, algumas amigas me chamaram para me juntar a elas em seus blogs mas isso significaria a total "morte" do Better than Candies (se com um só os posts já não tão rendendo imagina se eu me dividisse para dois).
Bem, e junto com a falta de determinação em sentar a bunda para escrever o post vem a maldita ressaca literária que se encostou em mim desde o ano passado. No ano de 2012 todo eu acho que li 12 livros, 12 LIVROS EM UM ANO! Eu nunca fui nenhum exemplo de super leitora tendo amigas que leem 50 no ano e uma irmã que lê os maiores tijolos clássicos, mas só ler 12, o que dá um livro a cada mês, é bem desanimador. Para completar parece que junto veio a ressaca de séries, atualmente eu só consigo acompanhar 4, com duas estando super atrasadas. Estamos em abril e até hoje eu só li 1 livro inteiro (Extraordinário - Intrínseca). Pois é como vocês podem ver o marasmo anda comendo solto. Mas hoje dia 21/04/2013 eu resolvi que esse blog não pode morrer e que eu tentarei fazer com que ele funcione como deve "AS GOD IS MY WITNESS".

Então aguardem o retorno do "Better than Candies" AS SOON AS POSSIBLE.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

"Rock of Ages" e o preconceito com musicais.

Postado por Hellen às 12:52 7 comentários
Título gigante, mas eu quero aproveitar a oportunidade, já que nunca falei de musicais aqui, para falar do preconceito que as pessoas tem com eles. Ontem eu fui assistir "Rock of Ages" e tive que ir praticamente correndo porque era ontem ou só no DVD, isso porque o filme alcançou a marca de duas semanas em cartaz aqui na terrinha soteropolitana. Sendo que nessa última semana só sobraram uns 3 horários (em uma cidade com mais de 50 salas). Por que? Bom porque não tem público para esse tipo de filme. Simplesmente por ser musical. Eu conheço MUITA gente, muita mesmo que nunca assistiu a um musical na vida mas fala que não gosta, ou acha idiota e sem propósito. O que é muito triste, porque estão se privando de um dos estilos mais divertidos de se contar uma história. Que faz você sair de uma sala de cinema super feliz e cantando, ou simplesmente maravilhado com os números  de dança. Agora deixando meu manifesto de "vão ao cinema assistir musicais" de lado. Vamos ao Rock of Ages.
O filme é passado em 1987 quando o Rock estava gritando a sua liberdade de expressão. E aí nós começamos com  Sherrie (Julianne Hough) chegando em Hollywood para tentar uma vida de cantora quando, em uma situação receptiva não muito agradável, ela conhece Drew (Diego Boneta) que trabalha de garçom na casa de shows Bourbon, referência de Rock na cidade. A partir daí eles se apaixonam e coisa e tal, tendo aquele romance fofinho e cheio de estrelinhas que todo mundo gosta. Mas é claro que tudo acontece regado da  cantoria dos anos 80 para ficar 2X vezes mais amorzinho.
*dying with the cuteness*

Neste período o Bourbon está indo de mal a pior então para salvá-lo seus administradores Dennis (Alec Baldwin) e Louis(Russel Brand) conseguem que o grande astro do Rock, Stacee Jaxx (Tom Cruise) faça a apresentação que os tiraria do buraco. Mas como "you can't always get what you want" o que acontece é uma montanha de imprevistos, encontros  e desencontros que deixam o Bourbon mais na ribanceira ainda e nosso casal ternurinha super balançado. O filme me contagiou  com suas músicas e números muito bem colocados (porque musical bom também é musical que sabe a hora que deve cantar e como fazer isso), mas dizem que a galera que viveu essa época é quem mais se emociona só de lembrar seus tempos de glória. Apesar de ter nascido nos anos 80, eu só peguei o finalzinho mesmo então não consegui presenciar nada disso. Quando eu já  compreendia alguma coisa era o Pop que dominava o mundo com suas boybands e girlbands que eu acho que todo mundo com mais de 20 anos presenciou. O filme ocorre no gancho em que todos achavam que qualquer manifestaçãozinha do Rock era rebelde e desbocada demais e estava ocorrendo o nascimento dos grupinhos puro amor com seus passinhos sincronizados.
Um dos pontos mais altos de Rock of Ages é o elenco, em especial Tom Cruise que parece que nasceu para cantar em um banda Rock, aqui ele abrilhanta mais uma vez sendo a principal estrela do filme. Fora ele, o filme conta com  Alec Baldwin em parceria com Russel Brand que criam o elenco mais cômico (isso porque eu nem gostava do Russel). Catherine Zeta-Jones é ressuscitada das cinzas para viver a primeira dama que quer livrar a cidade do pecado. E a duplinha iniciante Julianne Hough e Diego Boneta que vivem o casal de quem a maior parte da trama gira em torno.
Então se você mora em uma cidade na qual o filme ainda está em cartaz e não viu, eu sugiro que você se mexa e vá para o cinema liberar essa estrela do rock que há em você. E ainda sair de lá dançando com o pensamento de "e o próximo musical estréia quando?"

Trailler:



E uma das músicas favoritas.


E aí todo mundo já dançando na frente do PC.
Nota:
   

terça-feira, 10 de julho de 2012

Hellen & Fotografia = OTP

Postado por Hellen às 18:35 4 comentários

"Em minha confusa busca por fotos 'extraordinárias', eu ignorei muitos momentos simples e próximos da vida real e cotidiana. Quando eu me lembro, penso que poderia ter tido mais deles." Joe McNally
 Hola. Nos últimos tempos toda as vezes que entro em uma livraria eu tenho corrido para um lado diferente dos meus amados livros de ficção. O vício agora é ficar namorando toda a seção de fotografia. E toda as vezes sempre tem algum livro que eu quero levar correndo para casa, mas como não ando distribuindo dinheiro isso ainda não é possível, e livro de fotografia ao contrário dos demais não são mais baratos nos sites =(. Até agora consegui reunir três livros a minha "estante fotográfica": The Rough Guide to Digital Photography, Hot Shots e O Momento do Click. Recomendo os três? sim sim sim :).

Eu comecei essa paixão por fotografia logo quando começou a febre de câmeras digitais, qualquer pirralho tinha uma câmera para tirar aquelas "super" fotos e postar no seu fotolog. Pois é eu fazia parte desse "submundo". Aí eu descobri o magnífico mundo do flickr, vi o que era fotografia de verdade, me apaixonei e decidi "QUERO FAZER ISSO". Não como para viver, como um emprego, porque não suporto a ideia de alguém me dizendo "o que" fotografar. Nesse ramo eu sou meio teimosa e fotografo o que eu quero. Não vejo muita graça nesse negócio de ficar tirando foto dos outros sorrindo para a câmera forçadamente e nem nessas fotos de estúdio, isso é legal para guardar recordação, mas não foi isso que me chamou a atenção para aprender fotografia. Gosto muito do fotojornalismo mas não sei se me daria bem trabalhando com ele. Fotografia acaba sendo para mim o mesmo que a leitura, amo mas não faria disso meu emprego.Então ela é mais como um hobby para mim, tem gente que acha que eu sou louca em gastar tanto dinheiro se eu não quero ser "fotógrafa profissional" mas eu sou contra esse pensamento que a gente só deve investir em obrigações. E também no fim das contas essas pessoas acabam gastando bem mais do que eu em coisas como abadá de carnaval o que eu acho muito mais perda dinheiro. Parando de enrolação vamos aos livros:
The Rough Guide to Digital Photography, da Sophie Goldsworthy, é daqueles livros que todo principiante deveria ter. Eu não achei tradução dele para o português, mas isso até que foi bom para mim. Porque apesar dos livros de fotografia não serem baratos em lugar nenhum, aqui ainda vale a regra de "em inglês é mais barato", ele custa a metade da maioria dos livros em português e ainda é super atualizado, foi lançado só em outubro de 2011.  Ele aborda tudo desde qual câmera escolher até os ajustes finais da foto, tudo para principiantes mesmo. Explicando o que é profundidade de campo, balanço de brancos, velocidade do obturador, compensação de exposição, o que é espaço negativo e positivo, regra dos terços, tipos de filtro, tripés até mesmo qual a bolsa mais recomendada para você carregar a sua câmera e muitas (muitas mesmo) coisas mais. Eu aprendi técnicas que nem sabia que existiam como foto em HDR que serve para dar a foto a mesma variação de luz que nossos olhos são "programados" para dar diferenciando luz e sombras em uma foto. A Sophie fez o livro tão caprichadinho que se eu não desse nota máxima a ele estaria sendo injusta. Ela se dirige a todos os tipos de foto, das antigas compactas de filme até as profissionais digitais DSLR. Chegando a que programa de edição escolher, os prós e contras de cada um. Ela faz o mesmo com qual site escolher para hospedar suas fotos, onde e como criar um portifólio e um blog de fotografia. Onde fazer cursos e workshops online e como ganhar um dinheiro extra com as suas fotos, se for este o seu interesse. Quando eu comecei a folheá-lo na livraria já achei que seria bom, mas foi ainda melhor =). Ele só não se aprofunda muito em como editar suas fotos, mesmo porque esse não é o principal objetivo, mas ela dá dicas básicas que para mim já estão ótimas porque não sou muito fã de fotos com muita edição. Quanto menos editada melhor, se não precisar de edição nenhuma (também conhecida como SOOC) aí então está perfeita =D.
O Hot Shots, do Kevin Meredith e o Momento do Click do Joe McNally já são diferentes, porque o objetivo deles não é o de te explicar o que é cada função de sua máquina. Não, eles mostram as fotos deles e explicam como foram que chegaram até ela. O bom  desses livros assim como o da Sophie é que eles sempre tem todo um contexto por trás de cada foto (no caso da Sophie por trás de cada função) e não falam só daquela forma seca e cansativa (como um manual u.u). O Kevin é aquele tipo de fotógrafo que seria mais chamado de Street Photographer, ele sempre carrega uma câmera consigo e fotografa o tempo todo. Ele usa TODO tipo de câmera, um dos estilos favoritos dele é a lomografia com revelação por processamento cruzado (o que me deu vontade pegar a câmera antiga colocar o filme e pedir para revelar em processamento cruzado para ver no que dá XD). Ele mostra uma foto por vez e explica como atingir aquele resultado, com que câmera foi feita e como ela estava configurada na hora da foto.
O Joe segue a mesma fórmula de informar a história por trás de cada foto em o Momento do Click, a diferença está no tipo de foto que o Joe tira. Eu digo se algum dia eu desse a louca de querer trabalhar com fotografia era para ser uma Joe McNally. Ele já trabalhou para a Times, Life e a National Geographic e tem as fotos mais lindas que já vi, a Sophie até o cita no livro dela como "o guru da luz". O Joe consegue transformar qualquer luzinha na iluminação perfeita, como ele mesmo disse "...eu quero dizer que boa é toda %*##$# de luz que estiver disponível". Ele trabalha com equipamentos carérrimos? Sim, mas é preciso ser um gênio na fotografia até para saber quando usá-los ou quando dispensá-los por um simples lençol na janela que já lhe dará a iluminação para uma foto tão boa que vira capa da Life.
O que eu vi de comum a esses fotógrafos é que o trabalho da foto perfeita vem sempre de uma maneira inesperada e você tem que saber como aproveitar o melhor de cada situação para ter registrado cada momento da melhor forma possível, e sempre  inovando. Você pode até tornar a torre eiffel como novidade se você souber como fotografá-la. Não quer dizer que você deva seguir todas as "regras" da fotografia sempre mas como disse o Kevin "...você deve saber como as regras funcionam para saber quando quebrá-las".
Eu ainda tenho muito (e põe muito nisso) o que aprender para chegar aos meus sonhos de foto, mas já consegui começar a sair da zona de conforto do automático e agora todas minhas fotos são no manual. Ainda quero comprar um flash, um tripé, lentes (uma de 50mm que se alguém quiser me doar estou totalmente aberta a presentes XD) e outras coisinhas, mas no momento ando dura que só então fica para o futuro. Enquanto isso vocês podem me acompanhar pelo meu flickr. Comentando e dizendo o que vocês acham, críticas construtivas são muito mais do que bem vindas. Se vocês também tiverem alguma página é só falar que eu sigo.
E caso queiram conferir o trabalho da Sophie, do Kevin  e do Joe:
Sophie Goldsworthy
Joe McNally
Kevin Meredith

Nota:


aos três ;D.

P.s: Todas as fotos que eu utilizei pelo post são minhas e vocês podem vê-las melhor pelo flickr =D.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Eu sou o mensageiro (The Messenger) - Markus Zusak

Postado por Hellen às 18:28 0 comentários
"Tu é um homem morto," ouço aquela voz de novo, e vejo as palavras na minha cara quando entro no táxi e olho no espelho retrovisor.
 Isso me faz pensar sobre minha vida, minhas realizações inexistentes e minhas habilidades gerais de incompetência.
Quando estou tirando o carro do estacionamento, penso: Um homem morto. Ele tem razão.
Quando li "Eu sou o mensageiro" pela primeira vez 4 anos atrás o coloquei no meu Top 5 de livros favoritos. Outros livros chegaram junto e até o fizeram cair algumas posições, mas não chegaram ainda a retirá-lo desse grupo seleto (ui). O motivo de eu gostar tanto dele é o mesmo pelo qual eu gosto tanto de "O apanhador no campo de centeio", identificação junto a um bom protagonista com ótimo desenrolar de fatos típicos. Muito "tapa na cara" também (quando parece que o autor te conhece e está jogando tudo na tua cara).
Em "Eu sou o mensageiro" Markus Zusak traz a vida Ed Kennedy, taxista, 19 anos. Ed tinha sua vidinha mais ou menos e pretendia continuar assim mesmo. Até o dia em que ele e seus três melhores amigos (Marv, Audrey e Ritchie) acabam parando como reféns no assalto de um banco. Só que ele nem consegue levar o ladrão a sério, a primeira frase do livro é "O assaltante é um mané." Então em um ataque de loucura/impulsividade de Ed junto a "manezice" do ladrão, Ed acaba conseguindo encurralá-lo para que a polícia o prenda. Depois disso a vida de Ed muda de uma forma que ele não imaginava. Ele começa a receber Ases de baralho no seu correio cada um deles com três missões que Ed terá que realizar na vida de completos estranhos. Quem envia a carta e o por quê disso tudo é um mistério, mas não é o que te prende no livro. No fundo saber o autor das cartas é o de menos.
Ed resolve dar uma olhada nas casas que o primeiro Ás lhe designou e descobre uma senhora solitária, uma menina insegura e uma mulher que é violentada diariamente pelo marido. Ele nem sabe o que deveria fazer nestes lugares, mas resolve verificar cada um. E é os observando que Ed começa a entender um pouco de suas vidas, identifica as fragilidades e por vezes reconhece a si mesmo em alguns casos. O curioso é que embora Ed não consiga ajeitar a própria vida ele sempre vê um jeito simples e eficiente de ajudar aqueles que lhe são designados. Por vezes tendo que cometer quase crimes, outras entregando presentes meramente simbólicos como uma caixa de sapatos vazia ou uma casquinha de sorvete.
Cada pessoa que ele encontra é um novo desafio e  sem perceber ele também evolui com cada caso. O Ed do início do livro era um homem morto sem saber disso, como muitos de nós que caímos no conformismo e seguimos assim o quanto puder =/. O que Markus Zusak faz  com as cartas é torná-las um lembrete de como Ed não é somente aquele quase nada que ele resolveu ser. Zusak só chega a pecar no final do livro ao não conseguir dar uma boa resolução a origem das cartas. Este é o único motivo de eu não dar uma nota máxima ao livro. Mas por favor não o descarte por causa disso (e nem por eu estar fazendo parecer um livro de auto ajuda, por razões "cósmicas" não estou conseguindo me expressar devidamente no post).
O que trás a surpresa do livro é cada mensagem inesperada que é recebida e as pessoas que tem que ser ajudadas. Às vezes até a forma de se desvendar a mensagem é um grande trabalho. E o melhor é que o autor consegue passar por tudo de uma forma leve e muito bem humorada, o livro arranca boas risadas de um humor não apelativo e muito bem colocado. Como o livro é na primeira pessoa conta muito o Ed ser um cara legal e que rir da própria desgraça no fim das contas, porque livro na primeira pessoa com protagonista "mimimi" é de cortar os pulsos.
Eu não sei se consegui transmitir o que eu realmente queria, se possível enchia isto aqui de vários bons quotes que ele tem, mas resumindo: eu gosto muito desse livro e só acho que todo mundo deveria ler ;).

Nota:    

 

Better than candies Copyright © 2010 Designed by Ipietoon Blogger Template Sponsored by Emocutez